intensa indiferença

O mundo é um lugar pequeno e apático se formos pensar com altivez, talvez seja realmente o único lugar no universo capaz de comportar formas de vida inteligente ou o que quer que seja, isso o faz mais egocêntrico e limitado. O ser humano não é tão diferente do seu habitat natural, é claro que não há um consenso universal sobre isso, porém é intensamente perceptível como as pessoas se parecem com o lugar de onde elas vieram ou foram criadas.

Suburbano, confuso, indeciso, arrogante, prepotente e muitos outros defeitos mais, já da pra perceber como é ser criado em uma metrópole. Pessoas indo e vindo com seu pensamento “away from here”, conduzindo-se pelas estreitas calçadas das largas e infernais avenidas, com seus ideais centrados no físico e material, sem toda e qualquer chama de benevolência autônoma, altruísmo.

O mundo em que vivemos não é o que chamam de “lugar bom para se viver” e seus habitantes não são todos “camaradas”, ou quem sabe seja apenas a minha visão apocalíptica e neurótica que me faz perceber coisas que os outros não vêem. A verdade é algo confundível, lacerador e muitas vezes dispensável, a mentira é mais amena, gostosa e fácil de aceitar. O caráter de um ser não está definido apenas entre o mentir e o não mentir, se bem que muitas vezes isso é o que define a seara humana, creio que somos automaticamente programados para mentir em situações de defesa e autonomicamente por prazer e egoísmo, ou simplesmente gostamos de esconder os fatos. Não reprovo a mentira, apenas não gosto dos mentirosos, com exceção dos defensivos, reprovo apenas aqueles que mentem por prazer e por inútil omissão.